@article{Didi-Huberman_2017, title={Povos expostos, povos figurantes}, url={https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/2963}, DOI={10.21814/vista.2963}, abstractNote={<div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: ’ArialMT’;">O primeiro filme projetado da história tem por título, como é sabido, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: ’Arial’; font-style: italic;">A saída da fábrica Lumière</span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: ’ArialMT’;">. No dia 22 de março de 1895, na rua de Rennes em Paris, diante de cerca de duas centenas de espetadores, Auguste e Louis Lumière expuseram pela primeira vez, numa tela, o </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: ’Arial’; font-style: italic;">povo humilde </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: ’ArialMT’;">em movimento (figura 1). Os seus próprios operários tinham sido enquadrados diante do portão da fábrica de Monplaisir, abandonando as suas oficinas, num intervalo do trabalho, pelo meio-dia. É, então, saindo da sua fábrica que os povos terão entrado em cena – terão beneficiado de um novo valor de exposição – na era do cinematógrafo. Tudo isto é bastante simples, está visto, mas também muito paradoxal. </span></p> </div> </div> </div> </div>}, number={1}, journal={Vista}, author={Didi-Huberman, Georges}, year={2017}, month={Mai.}, pages={16–31} }