@article{D’Amico_2022, title={Lucia Marcucci: Poesia Visual Contra a Violência Social}, url={https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4424}, DOI={10.21814/vista.4424}, abstractNote={<p>O artigo oferece uma leitura original de algumas das obras mais famosas de Marcucci entre o início dos anos 60 e o final dos anos 70, escolhidas como exemplos de uma especificidade de género situada da poética da artista. Apesar do distanciamento autodeclarado das posições neofeministas, Marcucci brilha pela originalidade e polémica nos temas e práticas de criação no seu panorama contemporâneo, maioritariamente dominado por artistas masculinos. Por um lado, observamos a atuação artística e cultural de Marcucci numa Itália no meio de um boom económico, mas que ainda sofria com a natureza retrógrada do pensamento fascista ainda desviadamente dominante, em conjunto com o fanatismo da igreja católica, relativamente à emancipação da mulher. Por outro lado, também observamos a singularidade produtiva de Marcucci no contexto da contracultura sua contemporânea, que não se tinha libertado — embora o pregasse — das dinâmicas sexistas de poder. O artigo visa apresentar uma lente feminista (do olhar masculino à auto-objetificação) não como a única e absoluta forma de interpretar os poemas verbo-visuais de Marcucci, mas como útil para destacar as qualidades específicas da investigação e poética de Marcucci. Através da análise de "Il Fidanzato in Fuga" (O Noivo em Fuga; 1964), "Noxin" (1970), "AH!" (1972), "Aa Bb Cc" (1977) e "Culturae" (1978), será feita uma tentativa de oferecer um percurso de investigação viável que não isole a obra de Marcucci da dos seus contemporâneos masculinos, mas que considere a sua especificidade situada como uma posição necessária.</p>}, number={10}, journal={Vista}, author={D’Amico, Marzia}, year={2022}, month={Dez.}, pages={e022013} }