TY - JOUR AU - Didi-Huberman, Georges PY - 2017/05/19 Y2 - 2024/03/29 TI - Povos expostos, povos figurantes JF - Vista JA - Vista VL - IS - 1 SE - Nota introdutória DO - 10.21814/vista.2963 UR - https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/2963 SP - 16-31 AB - <div class="page" title="Page 1"><div class="section"><div class="layoutArea"><div class="column"><p><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'ArialMT';">O primeiro filme projetado da história tem por título, como é sabido, </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Arial'; font-style: italic;">A saída da fábrica Lumière</span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'ArialMT';">. No dia 22 de março de 1895, na rua de Rennes em Paris, diante de cerca de duas centenas de espetadores, Auguste e Louis Lumière expuseram pela primeira vez, numa tela, o </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'Arial'; font-style: italic;">povo humilde </span><span style="font-size: 11.000000pt; font-family: 'ArialMT';">em movimento (figura 1). Os seus próprios operários tinham sido enquadrados diante do portão da fábrica de Monplaisir, abandonando as suas oficinas, num intervalo do trabalho, pelo meio-dia. É, então, saindo da sua fábrica que os povos terão entrado em cena – terão beneficiado de um novo valor de exposição – na era do cinematógrafo. Tudo isto é bastante simples, está visto, mas também muito paradoxal. </span></p></div></div></div></div> ER -