https://revistavista.pt/index.php/vista/issue/feedVista - Revista de Cultura Visual2025-05-23T10:16:21+00:00Vistavista@ics.uminho.ptOpen Journal Systems<p>A <em>Vista</em> (e-ISSN 2184-1284) é uma revista científica de cultura visual e artes digitais, tendo por diretor/a um membro integrado do <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a> (CECS) e como diretor/a-adjunto/a um membro do<a href="https://sopcom.pt/grupos-de-trabalho/cultura-visual/"> Grupo de Trabalho de Cultura Visual</a> da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom). Lançada em 2017, esta publicação de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica (revisão duplamente cega). É semestral (janeiro-junho e julho-dezembro), mas segue a modalidade de publicação contínua, tendo edição bilingue (em português e em inglês). A revista foi criada em 2015 pelo Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Sopcom e, no segundo semestre de 2020, passou a ser editada pelo CECS, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial integra reputados especialistas da cultura visual e artes digitais de diversos pontos do mundo. A <em>Vista</em> é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.</p>https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6275O Vestuário das Mulheres em Portugal e em Goa, no Século XVI — Um Estudo Comparativo2025-05-22T10:29:47+00:00Rafaela de Vasconcelosrafaeladevasconceloshistoria@gmail.com<p>O presente trabalho tem como intuito uma abordagem comparativa às fontes quinhentistas sobre a forma como as mulheres são percecionadas a partir do vestuário. Focamo-nos na mulher em Portugal e em Goa, no contexto da sociedade católica do século XVI, a partir de relatos escritos por homens. Sabendo que a moda enquadra um indivíduo no seu meio, procuramos entender de que modo a religião influencia o modelo do traje feminino, uma vez que, enquanto no século em questão, Portugal se mantém fiel ao Cristianismo, Goa é, à chegada dos portugueses, um local onde coexistem diversas religiões, nomeadamente o Hinduísmo (religião a que daremos mais enfoque neste trabalho, devido ao maior número de dados). O território de Goa é parte de um processo de expansão marítima, concluindo-se que ocorre uma mútua influência cultural que se irá refletir no papel e vestuário da mulher em ambos os territórios. São obras de referência a de Fernando Oliveira (1993), o qual analisa as diversas peças de vestuário na sua composição. No entanto, devido ao reduzido enfoque da academia neste tema, analisámos teses académica, como a de Pedro Castro Cruz (2023), que investiga as Sumptuárias ao longo do período moderno. A pesquisa deste trabalho segue o método histórico, a partir de uma análise comparativa de fontes documentais já previamente exploradas pela historiografia, mas às quais pretendemos colocar novas questões. São estas os relatos de viagem de Jan Huygen van Linschoten (1596/1885a, 1596/1885b) e de François Pyrard de Laval (1944) e as<em> Leis Extravagantes</em>, compiladas por Duarte Nunes de Leão (1569). Este trabalho é inovador, no sentido em que, pela primeira vez, compara o vestuário da mulher em dois extremos do império português, a partir da visão dos homens.</p>2025-05-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Rafaela de Vasconceloshttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6274Entre Letras e Imagens: A Tipografia Como Elemento Estético nas Revistas de Moda2025-05-22T10:31:05+00:00Márlon Uliana Calzamarloncalza@gmail.com<p>O artigo analisa interseções entre a moda e a tipografia, a partir da investigação e da análise do projeto gráfico de revistas especializadas do segmento de moda, publicadas ao longo da história e na atualidade. Inicialmente, o texto explora a relação entre a moda e os tipos serifados modernos, destacando a relevância e a preponderância do estilo tipográfico nos processos comunicacionais e estéticos relacionados às publicações. Em seguida, o artigo analisa o caráter imagético da tipografia nas revistas, assumindo que as palavras adquirem um valor iconográfico e visual de destaque no seu projeto gráfico, transcendendo a sua função verbal. A partir das pesquisas iconográfica, documental e histórica, são examinados aspectos como a morfologia e a composição dos caracteres tipográficos, demonstrando como esses elementos contribuem para a manutenção da identidade visual e para o posicionamento gráfico e editorial dos periódicos. Adotando uma abordagem qualitativa, que combina análises sincrônicas e diacrônicas, o artigo analisa páginas exemplares de publicações brasileiras e internacionais, cujo escopo editorial refere-se à moda conceitual e à moda e ao luxo, tais como <em data-id="_italic-2">V Magazine, Interview, </em><em data-id="_italic-3">Dazed</em><em data-id="_italic-4"> & </em><em data-id="_italic-5">Confused</em><em data-id="_italic-6">,</em> <em data-id="_italic-8">Numéro</em>, <em data-id="_italic-9">Elle</em>, <em data-id="_italic-10">Vogue</em><em data-id="_italic-11">, </em><em data-id="_italic-12">L’Officiel</em> e <em data-id="italic-0ecd9425b4c7cfb31e8111c9eb6ca564">Harper’s Bazaar</em>, por exemplo. No contexto da moda, a tipografia não pode ser considerada um elemento neutro ou apenas funcional; ao contrário, ao romper com padrões de legibilidade e leiturabilidade, desempenha um papel ativo na construção das narrativas, da comunicação e das identidades visuais.</p>2025-04-23T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Márlon Uliana Calzahttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6253Moda Sustentável, Publicidade Insustentável: Estudo de Caso em Pequenas e Médias Empresas2025-05-23T10:16:21+00:00Cícero Feitosa da Silvagenyus.buia@gmail.comFrancisco Mesquitafmes@ufp.edu.pt<p data-id="_paragraph-10">Este artigo discute como marcas, caracterizadas como pequenas e médias empresas, de moda sustentável podem alinhar suas iniciativas e estratégias publicitárias aos princípios de sustentabilidade e do mercado. Tendo como base de pesquisa a dissertação de mestrado intitulada <em data-id="_italic-1">Alternativas </em><em data-id="_italic-2">E</em><em data-id="_italic-3">ntre </em><em data-id="_italic-4">L</em><em data-id="_italic-5">uxo</em><em data-id="_italic-6"> e </em><em data-id="_italic-7">D</em><em data-id="_italic-8">esperdício</em><em data-id="_italic-9">: Publicidade no </em><em data-id="_italic-10">C</em><em data-id="_italic-11">ontexto</em><em data-id="_italic-12"> da </em><em data-id="_italic-13">M</em><em data-id="_italic-14">oda </em><em data-id="_italic-15">S</em><em data-id="_italic-16">ustentável</em> (Silva, 2024), o texto aborda a evolução da moda, contextualizando a transição de uma indústria focada na produção em massa para um setor que, cada vez mais, incorpora preocupações sociais e ambientais. Discute-se centralmente os desafios enfrentados por pequenas e médias marcas em comunicar valores sustentáveis em um mercado ainda caracterizado por práticas tradicionais e por um consumismo excessivo. São analisadas as estratégias de marketing e publicidade adotadas por quatro marcas, duas brasileiras e duas portuguesas, e seu impacto na percepção pública e no engajamento com o consumo responsável.</p> <p data-id="_paragraph-11">O foco recai no desenvolvimento de uma linguagem publicitária e outros recursos voltados para apresentar os diferenciais da sustentabilidade, no uso do marketing verde e na busca pelo equilíbrio entre lucratividade e ética. O artigo apresenta reflexões e recomendações para a publicidade no contexto da moda sustentável, incentivando as pequenas e médias marcas a refinarem suas estratégias e os consumidores a adotarem práticas mais conscientes, destacando a publicidade como ferramenta essencial para impulsionar mudanças no mercado e contribuir para um futuro mais sustentável para a indústria da moda.</p>2025-05-23T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Cícero Feitosa da Silva, Francisco Mesquitahttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6207Para Além da Farda: A Militarização da Juventude Portuguesa no Estado Novo 2025-05-22T14:59:00+00:00Josué Duartejosueaod@gmail.comSilvana Mota-Ribeirosilvanar@ics.uminho.pt<p>Este artigo analisa a militarização da juventude portuguesa durante o Estado Novo, com foco no papel da farda da Mocidade Portuguesa como instrumento de propaganda e controlo. Através de uma abordagem histórica e sociológica, o estudo examina a criação, os objetivos e a organização da Mocidade Portuguesa, e descreve e interpreta a sua farda, explorando o seu simbolismo e as influências militares presentes na sua conceção. A análise revela como a farda funcionou como um instrumento de propaganda e controlo, contribuindo para a construção de uma identidade coletiva e para a inculcação de valores como a disciplina, a obediência e o espírito de sacrifício. O estudo compara a Mocidade Portuguesa com outras organizações juvenis da época, como a Juventude Hitleriana, as Juventudes Falangistas e a Opera Nazionale Balilla, e analisa as especificidades da Mocidade Portuguesa Feminina, demonstrando como a organização reforçava os papéis de género tradicionais. Conclui-se que a Mocidade Portuguesa e a sua farda constituíram instrumentos eficazes na estratégia de controlo e doutrinação do Estado Novo, contribuindo para a militarização da juventude e para a construção de uma identidade nacional autoritária.</p>2025-05-22T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Josué Duarte, Silvana Mota-Ribeirohttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6182De Gianni a Donatella: O Imaginário Perpetuado na Versace2025-05-22T10:31:07+00:00Suellen Cristina Vieirasuellen_zimba@hotmail.comBeatriz Aguiarlog.bia@msn.com<p>O presente estudo tem como metodologia a teoria do imaginário, apresentada por Gilbert Durand e Michel Maffesoli, aplicada no estudo da marca Versace. O objetivo central é compreender como o imaginário da grife foi perpetuado após a morte de seu fundador, Gianni Versace, assassinado em 1997, e sua substituição por Donatella Versace, então responsável pelas relações públicas da marca. A metodologia adota a análise hermenêutica simbólica, buscando identificar a projeção do imaginário da marca nas coleções dos estilistas. A articulação entre a imaginação simbólica e a hermenêutica possibilita responder aos questionamentos acerca do processo de criação e da continuidade da marca ao longo das décadas. Para tal, foram selecionadas oito imagens representativas das coleções de Gianni e Donatella, com o propósito de identificar os símbolos e processos criativos que conectam o passado e o presente da marca. A análise visa explorar a influência de Gianni no trabalho de Donatella, bem como o imaginário perpetuado na sociedade pós-moderna. Os resultados obtidos contribuem para o desenvolvimento de construções argumentativas, que ampliam o debate sobre a imaginação simbólica de maneira pluridisciplinar, fornecendo subsídios para futuras pesquisas, seja no campo do imaginário simbólico ou na história e continuidade da marca Versace.</p>2025-04-23T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Suellen Cristina Vieira, Beatriz Aguiar