https://revistavista.pt/index.php/vista/issue/feedVista - Revista de Cultura Visual2025-07-29T09:01:28+00:00Vistavista@ics.uminho.ptOpen Journal Systems<p>A <em>Vista</em> (e-ISSN 2184-1284) é uma revista científica de cultura visual e artes digitais, tendo por diretor/a um membro integrado do <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a> (CECS) e como diretor/a-adjunto/a um membro do<a href="https://sopcom.pt/grupos-de-trabalho/cultura-visual/"> Grupo de Trabalho de Cultura Visual</a> da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom). Lançada em 2017, esta publicação de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica (revisão duplamente cega). É semestral (janeiro-junho e julho-dezembro), mas segue a modalidade de publicação contínua, tendo edição bilingue (em português e em inglês). A revista foi criada em 2015 pelo Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Sopcom e, no segundo semestre de 2020, passou a ser editada pelo CECS, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial integra reputados especialistas da cultura visual e artes digitais de diversos pontos do mundo. A <em>Vista</em> é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.</p>https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6628Uma Introdução — Moda e Múltiplos Olhares2025-06-20T12:13:15+00:00Francisco Mesquitafmes@ufp.edu.ptLilyan Berlimlilyan.berlim@espm.br2025-06-20T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Francisco Mesquita, Lilyan Berlimhttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6351Do Tangível ao Figital: Integração Físico-Digital e Metodologia Criativa na Arte Pós-Digital Contemporânea2025-04-04T18:52:03+00:00Nelson Caldeiracaldeira.nelson@gmail.comPedro Alves da Veigapedro.veiga@uab.ptJoão Cordeirojoao.cordeiro@uevora.pt<p>Este estudo visa apresentar a articulação entre uma proposta de taxonomia <em data-id="_italic-1">figital </em>com a metodologia a/r/cográfica, oferecendo assim um quadro metodológico integrado para analisar e orientar práticas artísticas híbridas contemporâneas. Nos últimos anos, a criação artística contemporânea tem sido marcada pela fusão entre o tangível e o virtual, fenómeno designado por “figital”. Este conceito descreve como elementos físicos e digitais se interligam, redefinindo processos de produção, fruição e interação com a arte. A taxonomia <em data-id="_italic-2">figital, </em>ora apresentada, permite mapear novos territórios híbridos e avaliar detalhadamente a simbiose entre o plano material, incluindo os aparatos tecnológicos, e o plano virtual ou digital, resultante da execução de código ou reprodução de média digitais. Por sua vez, a metodologia a/r/cográfica estrutura o processo criativo em três eixos essenciais: estética (cognição, emoções e sensações despertadas pela obra), aptidão (competências técnicas e concetuais evidenciadas) e função (impacto sociocultural e comunicativo da obra). A obra <em data-id="_italic-3">Texel2048Loom</em>, desenvolvida neste âmbito pelo primeiro autor deste estudo, permite ilustrar a abordagem aqui proposta. Este texto evidencia ainda a necessidade de ajustes adicionais, particularmente nas dimensões éticas, culturais e multissensoriais, oferecendo contribuições claras para futuras investigações e práticas na arte pós-digital.</p>2025-07-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Nelson Caldeira, Pedro Alves da Veiga, João Cordeirohttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6281Colocando os Óculos: Apontamentos Sobre Cosmotécnica do Vestir na Obra Nordeste Futurista2025-06-05T10:21:08+00:00Lara Victoria Sorbillelaravsorbille@gmail.comAna Carolina Acomanacarolinaacom@gmail.com<p style="font-weight: 400;">O artigo analisa as duas primeiras faixas do álbum visual <em data-id="_italic-3">Nordeste Futurista</em> da artista Luana Flores, explorando como a indumentária e a direção de arte são elementos fundamentais da instauração do “futurista” que a narrativa da obra projeta no território, desafiando representações estereotipadas do Nordeste brasileiro. Através da lente da cosmotécnica (Hui, 2020), o estudo examina como a obra de Flores dissolve esteticamente a suposta oposição entre as tecnologias ancestrais e contemporâneas, em diálogo com culturas quilombolas e indígenas da região. A análise concentra-se na indumentária para tal, como elemento na construção de um discurso estético que desafia imaginários coloniais de subdesenvolvimento, também se apropriando do imaginário futurista do cinema de ficção científica clássica. Nesta investigação, a tecnologia do vestir é pensada como “cosmotécnica”, teoria proposta pelo filósofo Yuk Hui (2020): que se refere à tecnologia manifesta de diferentes formas, pois sempre surge e carrega embutida em si cosmologias e contextos específicos, questionando a visão de uma tecnologia única e universal, mais ou menos “avançada”. O artigo perpassa o uso de artefatos vestíveis como, por exemplo, óculos de realidade virtual, chapéus de palha trançada e tecidos como a chita, demonstrando como estes elementos carregam significados culturais e históricos, ao mesmo tempo que são ressignificados em um contexto “futurista”. A partir da quebra da neutralidade da colonialidade do ver (Barriendos, 2019), trazemos algumas representações visuais do Nordeste brasileiro, que foram historicamente distorcidas para justificar práticas de dominação. Ao trazer a estética do álbum visual <em data-id="_italic-4">Nordeste Futurista</em> para análise, buscamos provocar uma ruptura com o imaginário estandardizado sobre a região Nordeste do Brasil, que dialoga com o imaginário subdesenvolvido da América Latina, enfatizando a potencialidade cultural local e a importância de reconhecermos cosmotécnicas indígenas e quilombolas no nosso cotidiano e na construção de futuros possíveis.</p>2025-06-05T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Lara Victoria Sorbille, Ana Carolina Acomhttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6275O Vestuário das Mulheres em Portugal e em Goa, no Século XVI — Um Estudo Comparativo2025-05-22T10:29:47+00:00Rafaela de Vasconcelosrafaeladevasconceloshistoria@gmail.com<p>O presente trabalho tem como intuito uma abordagem comparativa às fontes quinhentistas sobre a forma como as mulheres são percecionadas a partir do vestuário. Focamo-nos na mulher em Portugal e em Goa, no contexto da sociedade católica do século XVI, a partir de relatos escritos por homens. Sabendo que a moda enquadra um indivíduo no seu meio, procuramos entender de que modo a religião influencia o modelo do traje feminino, uma vez que, enquanto no século em questão, Portugal se mantém fiel ao Cristianismo, Goa é, à chegada dos portugueses, um local onde coexistem diversas religiões, nomeadamente o Hinduísmo (religião a que daremos mais enfoque neste trabalho, devido ao maior número de dados). O território de Goa é parte de um processo de expansão marítima, concluindo-se que ocorre uma mútua influência cultural que se irá refletir no papel e vestuário da mulher em ambos os territórios. São obras de referência a de Fernando Oliveira (1993), o qual analisa as diversas peças de vestuário na sua composição. No entanto, devido ao reduzido enfoque da academia neste tema, analisámos teses académica, como a de Pedro Castro Cruz (2023), que investiga as Sumptuárias ao longo do período moderno. A pesquisa deste trabalho segue o método histórico, a partir de uma análise comparativa de fontes documentais já previamente exploradas pela historiografia, mas às quais pretendemos colocar novas questões. São estas os relatos de viagem de Jan Huygen van Linschoten (1596/1885a, 1596/1885b) e de François Pyrard de Laval (1944) e as<em> Leis Extravagantes</em>, compiladas por Duarte Nunes de Leão (1569). Este trabalho é inovador, no sentido em que, pela primeira vez, compara o vestuário da mulher em dois extremos do império português, a partir da visão dos homens.</p>2025-05-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Rafaela de Vasconceloshttps://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/6274Entre Letras e Imagens: A Tipografia Como Elemento Estético nas Revistas de Moda2025-05-22T10:31:05+00:00Márlon Uliana Calzamarloncalza@gmail.com<p>O artigo analisa interseções entre a moda e a tipografia, a partir da investigação e da análise do projeto gráfico de revistas especializadas do segmento de moda, publicadas ao longo da história e na atualidade. Inicialmente, o texto explora a relação entre a moda e os tipos serifados modernos, destacando a relevância e a preponderância do estilo tipográfico nos processos comunicacionais e estéticos relacionados às publicações. Em seguida, o artigo analisa o caráter imagético da tipografia nas revistas, assumindo que as palavras adquirem um valor iconográfico e visual de destaque no seu projeto gráfico, transcendendo a sua função verbal. A partir das pesquisas iconográfica, documental e histórica, são examinados aspectos como a morfologia e a composição dos caracteres tipográficos, demonstrando como esses elementos contribuem para a manutenção da identidade visual e para o posicionamento gráfico e editorial dos periódicos. Adotando uma abordagem qualitativa, que combina análises sincrônicas e diacrônicas, o artigo analisa páginas exemplares de publicações brasileiras e internacionais, cujo escopo editorial refere-se à moda conceitual e à moda e ao luxo, tais como <em data-id="_italic-2">V Magazine, Interview, </em><em data-id="_italic-3">Dazed</em><em data-id="_italic-4"> & </em><em data-id="_italic-5">Confused</em><em data-id="_italic-6">,</em> <em data-id="_italic-8">Numéro</em>, <em data-id="_italic-9">Elle</em>, <em data-id="_italic-10">Vogue</em><em data-id="_italic-11">, </em><em data-id="_italic-12">L’Officiel</em> e <em data-id="italic-0ecd9425b4c7cfb31e8111c9eb6ca564">Harper’s Bazaar</em>, por exemplo. No contexto da moda, a tipografia não pode ser considerada um elemento neutro ou apenas funcional; ao contrário, ao romper com padrões de legibilidade e leiturabilidade, desempenha um papel ativo na construção das narrativas, da comunicação e das identidades visuais.</p>2025-04-23T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Márlon Uliana Calza