Vista
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<p>A <em>Vista</em> (e-ISSN 2184-1284) é uma revista científica de cultura visual e artes digitais, tendo por diretor/a um membro integrado do <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a> (CECS) e como diretor/a-adjunto/a um membro do<a href="https://sopcom.pt/grupos-de-trabalho/cultura-visual/"> Grupo de Trabalho de Cultura Visual</a> da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom). Lançada em 2017, esta publicação de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica (revisão duplamente cega). É semestral (janeiro-junho e julho-dezembro), mas segue a modalidade de publicação contínua, tendo edição bilingue (em português e em inglês). A revista foi criada em 2015 pelo Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Sopcom e, no segundo semestre de 2020, passou a ser editada pelo CECS, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial integra reputados especialistas da cultura visual e artes digitais de diversos pontos do mundo. A <em>Vista</em> é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.</p>Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minhopt-PTVista2184-1284<p>Os autores são titulares dos direitos de autor, concedendo à revista o direito de primeira publicação. O trabalho é licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p>A Influência da Emoção no Jornalismo Humanitário: A Perspetiva dos Fotojornalistas Portugueses na Ucrânia
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<p>Imersos num contexto de emergência social, o conceito de jornalismo humanitário (Bunce et al., 2019, 2022) reveste-se, na atualidade, de novos contornos que lhe conferem uma pertinência e vitalidade até agora negligenciadas. Neste artigo analisamos o seu significado, indagando a influência da emoção na construção da informação humanitária, o que fazemos através de um inquérito aplicado junto de um conjunto de 12 fotojornalistas portugueses, enviados à Ucrânia, nos primeiros meses do conflito, entre fevereiro e abril de 2022, e que, aquando do seu regresso, expuseram parte do seu trabalho na iniciativa <em data-id="_italic-2">Diakuyu</em><em data-id="_italic-3">—</em><em data-id="_italic-4"> Obrigado</em>, promovida pela Sociedade Portuguesa de Autores e pela associação cultural, CC11. A exposição foi aberta ao público a 20 de maio na Galeria Carlos Paredes, com a curadoria de Alexandre Almeida, a partir de uma seleção de fotografias de Adriano Miranda, André Luís Alves, Daniel Rodrigues, Eduardo Leal, João Porfírio, Miguel A. Lopes, Miguel Manso, Nuno Veiga, Paulo Nunes dos Santos, Rui Caria, Rui Duarte Silva e Tiago Miranda. Partindo da premissa que a emoção desempenha um papel controverso e labiríntico no jornalismo, o estudo reflete a complexidade em torno do lugar que deverá assumir a emoção no contexto da reportagem jornalística, bem como a admissibilidade do fotojornalista reconhecer o seu ponto de vista perante a realidade observada.</p>Catarina MeloFelisbela Lopes
Direitos de Autor (c) 2023 Catarina Melo, Felisbela Lopes
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2023-07-312023-07-3112e023009e02300910.21814/vista.4660A Conversa Entre um Filme e Seu Espectador: Alcançando a Liberdade
https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4626
<p>Neste artigo, pretende-se refletir sobre a importância do espectador na construção de um processo dialógico com um filme. Para isso, parte-se da aparente necessidade de desconstrução dessa relação que, se inicialmente, pode ser vista como duas esferas interseccionadas, aos poucos tende a fundir-se em apenas uma, a ser rompida. Para a realização dessa análise, foi levada em consideração o ponto de partida da arte ou, em outra medida, a visão do artista, para que tais esferas sejam o reflexo de entendimentos subjetivos, mas claros, e para torná-las, de facto, visuais a partir de tanto. Nesse sentido, encontrou-se em Rancière (2008/2010) uma das perspetivas que considera um novo lugar para o espectador, o de “ativo cocriador”, com o poder de subverter as hierarquias estabelecidas e transformar a relação de poder entre a obra e o público. Simultaneamente, Bazin (1958/2014) pensa que o cinema é uma forma de representação da realidade que permite ao espectador experimentar a sensação de estar presente no mundo retratado na tela. Ora, a questão parece encorpa-se, ainda, ao explicitar-se a importância da sensação, do prazer estético, algo defendido por Sontag (1966/2020). Por tudo isso, parece necessário conceitualizar imageticamente as individualidades e como estas podem ser, minimamente e em caráter subversivo às proposições dos autores citados, direcionadas, para que o espectador se torne, de todo, parte do filme e possa sentir-se importante ao se dar conta de que faz parte do resultado: é quando se rompe a esfera final de dentro para fora, possibilitando uma experiência única de liberdade.</p>Pedro Barbosa
Direitos de Autor (c) 2023 Pedro Barbosa
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2023-09-192023-09-1912e023010e02301010.21814/vista.4626Televisão e Vídeo: Reconfigurações da Comunicação Audiovisual
https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4542
Luís Miguel LoureiroJuan Francisco Gutiérrez Lozano
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2023-01-312023-01-3112e023001e02300110.21814/vista.4542 As Leis da Captura da Atenção. Reflexões em Torno do Vídeo nas Plataformas Digitais
https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4512
<p data-id="_paragraph-16">A imagem é um dos suportes dominantes na comunicação contemporânea (Martins, 2021, p. 185). A convergência cultural atual faz-se, sobretudo, em torno de imagens digitais (Jenkins, 2006/2009). Nesta premissa, o vídeo é um dos tipos que mais destaque alcançam na era da imagem e dos ecrãs (Costa, 2012; Loureiro, 2011; Martins, 2011).</p> <p data-id="_paragraph-17">Diferentes empresas de comunicação digital, através de diferentes plataformas, utilizam arquiteturas e algoritmos com diferentes técnicas e métodos nos modos como usam a imagem para comunicar e capturar a atenção. O meio digital é pensado tendo como elemento central imagens para comunicar e leis algorítmicas para reter e fidelizar os cidadãos (Lanier, 2010/2010, 2018/2018).</p> <p data-id="_paragraph-18">Teóricos da economia da atenção entendem que as empresas que gerem as grandes plataformas digitais têm um grande objetivo: capturar a atenção das massas de modo a criar fidelização e retenção nos consumidores/utilizadores (Martens, 2016; Srnicek, 2017). A economia da atenção é um dos seus principais setores, tendo como um dos negócios primordiais a <em data-id="_italic-2">ecranovisão</em> (Costa, 2014). O pagamento do sujeito às empresas que gerem as plataformas digitais é feito por intermédio de um constante <em data-id="_italic-3">dar visualizações </em>(Costa, 2020b), de uma persistente telepresença, de uma frenética partilha de conteúdos, de uma utilização corrente dos inúmeros serviços e ecossistemas digitais. É a soma de muitos a ver, a <em data-id="_italic-4">tele-estar</em>, a <em data-id="_italic-5">tele-partilhar</em> e a <em data-id="_italic-6">tele-usar</em> que permite dinamizar a economia da atenção.</p> <p data-id="_paragraph-19">As grandes empresas digitais lutam pelas fatias maiores dessa economia. Os que mais utilizadores fidelizam e retêm são os que mais lucram. A estratégia maior reside nos métodos e nas técnicas de captura da atenção utilizados. Essa cria “leis”, quer dizer, regularidades e padrões que se movimentam entre diferentes empresas e diferentes dinâmicas sociotécnicas. O vídeo, enquanto método e técnica de captura da atenção, utiliza “leis” e trilhos, contribuindo para posteriores processos sociais de uso, influência, manipulação, imitação, propagação, socialização e individuação. Neste artigo, tentamos dar conta de algumas regularidades e padrões gerais utilizados no vídeo para captura da atenção das massas.</p>Pedro Rodrigues CostaMoisés de Lemos Martins
Direitos de Autor (c) 2023 Pedro Rodrigues Costa, Moisés de Lemos Martins
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2023-04-132023-04-1312e023002e02300210.21814/vista.4512Vídeo-Arte: Limites da Imagem Audiovisual
https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4509
<p data-id="_paragraph-9">O presente artigo expõe uma reflexão sobre o vídeo enquanto meio de expressão artística e dos seus limites no campo da imagem audiovisual.</p> <p data-id="_paragraph-10">Para tal, analisamos a sua evolução, sobretudo a partir dos finais do século XX, e a sua relação com outras práticas artísticas dos <em data-id="_italic-2">m</em><em data-id="_italic-3">e</em><em data-id="_italic-4">dia </em><em data-id="_italic-5">art</em>. Com efeito, debruçamo-nos sobre a ontologia da imagem, quer seja fílmica ou videográfica, tentando propor uma exploração territorial nos domínios da imagem audiovisual, perante a implicação dos avanços tecnológicos que alavancam os campos estéticos, concetuais e de representação.</p> <p data-id="_paragraph-11">Pretende-se perceber a existência de convergências interdisciplinares e interculturais nos contextos das práticas artísticas da <em data-id="_italic-6">media art</em>. Concentramo-nos nas possíveis distinções entre os média de vídeo, televisão e cinema, principalmente no cruzamento das fronteiras da classificação dos géneros de “média arte”, “cultura visual” ou “imagem digital média” e da expansão do espectro temático dos mesmos. Este trabalho sublinha algumas ideias em que o vídeo e a televisão partilham a ontologia da imagem e confere-se de que modo as implicações estéticas, técnicas e culturais foram relevantes para o resultado de algumas obras e para a interpretação visual das mesmas. Deste modo, articula-se oposição entre a produção sintética e o material estético. Mediante a seleção de alguns artistas, este estudo procura explorar a possibilidade de novas formas artísticas contribuírem para a configuração da imagem interativa e do seu papel na evolução do audiovisual.</p>Geraldo Eanes Soares de Castro
Direitos de Autor (c) 2023 Geraldo Eanes Soares de Castro
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2023-04-202023-04-2012e023003e02300310.21814/vista.4509