Vista https://revistavista.pt/index.php/vista <p>A <em>Vista</em> (e-ISSN 2184-1284) é uma revista científica de cultura visual e artes digitais, tendo por diretor/a um membro integrado do <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a> (CECS) e como diretor/a-adjunto/a um membro do<a href="https://www.sopcom.pt/gt/15"> Grupo de Trabalho de Cultura Visual</a> da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom). Lançada em 2017, esta publicação de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica (revisão duplamente cega). É semestral (janeiro-junho e julho-dezembro), mas segue a modalidade de publicação contínua, tendo edição bilingue (em português e em inglês). A revista foi criada em 2015 pelo Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Sopcom e, no segundo semestre de 2020, passou a ser editada pelo CECS, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial integra reputados especialistas da cultura visual e artes digitais de diversos pontos do mundo. A <em>Vista</em> é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.</p> pt-PT <p>Os autores são titulares dos direitos de autor, concedendo à revista o direito de primeira publicação. O trabalho é licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> vista@ics.uminho.pt (Vista) vista@ics.uminho.pt (Vista) Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 +0000 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Televisão e Vídeo: Reconfigurações da Comunicação Audiovisual https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4542 Luís Miguel Loureiro, Juan Francisco Gutiérrez Lozano Direitos de Autor (c) 2023 Luís Miguel Loureiro, Juan Francisco Gutiérrez Lozano https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4542 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 +0000 As Leis da Captura da Atenção. Reflexões em Torno do Vídeo nas Plataformas Digitais https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4512 <p data-id="_paragraph-16">A imagem é um dos suportes dominantes na comunicação contemporânea (Martins, 2021, p. 185). A convergência cultural atual faz-se, sobretudo, em torno de imagens digitais (Jenkins, 2006/2009). Nesta premissa, o vídeo é um dos tipos que mais destaque alcançam na era da imagem e dos ecrãs (Costa, 2012; Loureiro, 2011; Martins, 2011).</p> <p data-id="_paragraph-17">Diferentes empresas de comunicação digital, através de diferentes plataformas, utilizam arquiteturas e algoritmos com diferentes técnicas e métodos nos modos como usam a imagem para comunicar e capturar a atenção. O meio digital é pensado tendo como elemento central imagens para comunicar e leis algorítmicas para reter e fidelizar os cidadãos (Lanier, 2010/2010, 2018/2018).</p> <p data-id="_paragraph-18">Teóricos da economia da atenção entendem que as empresas que gerem as grandes plataformas digitais têm um grande objetivo: capturar a atenção das massas de modo a criar fidelização e retenção nos consumidores/utilizadores (Martens, 2016; Srnicek, 2017). A economia da atenção é um dos seus principais setores, tendo como um dos negócios primordiais a <em data-id="_italic-2">ecranovisão</em> (Costa, 2014). O pagamento do sujeito às empresas que gerem as plataformas digitais é feito por intermédio de um constante <em data-id="_italic-3">dar visualizações </em>(Costa, 2020b), de uma persistente telepresença, de uma frenética partilha de conteúdos, de uma utilização corrente dos inúmeros serviços e ecossistemas digitais. É a soma de muitos a ver, a <em data-id="_italic-4">tele-estar</em>, a <em data-id="_italic-5">tele-partilhar</em> e a <em data-id="_italic-6">tele-usar</em> que permite dinamizar a economia da atenção.</p> <p data-id="_paragraph-19">As grandes empresas digitais lutam pelas fatias maiores dessa economia. Os que mais utilizadores fidelizam e retêm são os que mais lucram. A estratégia maior reside nos métodos e nas técnicas de captura da atenção utilizados. Essa cria “leis”, quer dizer, regularidades e padrões que se movimentam entre diferentes empresas e diferentes dinâmicas sociotécnicas. O vídeo, enquanto método e técnica de captura da atenção, utiliza “leis” e trilhos, contribuindo para posteriores processos sociais de uso, influência, manipulação, imitação, propagação, socialização e individuação. Neste artigo, tentamos dar conta de algumas regularidades e padrões gerais utilizados no vídeo para captura da atenção das massas.</p> Pedro Rodrigues Costa, Moisés de Lemos Martins Direitos de Autor (c) 2023 Pedro Rodrigues Costa, Moisés de Lemos Martins https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4512 Thu, 13 Apr 2023 00:00:00 +0000 Vídeo-Arte: Limites da Imagem Audiovisual https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4509 <p data-id="_paragraph-9">O presente artigo expõe uma reflexão sobre o vídeo enquanto meio de expressão artística e dos seus limites no campo da imagem audiovisual.</p> <p data-id="_paragraph-10">Para tal, analisamos a sua evolução, sobretudo a partir dos finais do século XX, e a sua relação com outras práticas artísticas dos <em data-id="_italic-2">m</em><em data-id="_italic-3">e</em><em data-id="_italic-4">dia </em><em data-id="_italic-5">art</em>. Com efeito, debruçamo-nos sobre a ontologia da imagem, quer seja fílmica ou videográfica, tentando propor uma exploração territorial nos domínios da imagem audiovisual, perante a implicação dos avanços tecnológicos que alavancam os campos estéticos, concetuais e de representação.</p> <p data-id="_paragraph-11">Pretende-se perceber a existência de convergências interdisciplinares e interculturais nos contextos das práticas artísticas da <em data-id="_italic-6">media art</em>. Concentramo-nos nas possíveis distinções entre os média de vídeo, televisão e cinema, principalmente no cruzamento das fronteiras da classificação dos géneros de “média arte”, “cultura visual” ou “imagem digital média” e da expansão do espectro temático dos mesmos. Este trabalho sublinha algumas ideias em que o vídeo e a televisão partilham a ontologia da imagem e confere-se de que modo as implicações estéticas, técnicas e culturais foram relevantes para o resultado de algumas obras e para a interpretação visual das mesmas. Deste modo, articula-se oposição entre a produção sintética e o material estético. Mediante a seleção de alguns artistas, este estudo procura explorar a possibilidade de novas formas artísticas contribuírem para a configuração da imagem interativa e do seu papel na evolução do audiovisual.</p> Geraldo Eanes Soares de Castro Direitos de Autor (c) 2023 Geraldo Eanes Soares de Castro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4509 Thu, 20 Apr 2023 00:00:00 +0000 Entre Ciberfeminismo e Artivismo: Feminismo em Portugal no Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4460 <p>A modalidade visual é um recurso imprescindível para as ciberfeministas desde a sua origem. A união entre o <em data-id="_italic-3">art</em><em data-id="_italic-4">ivismo</em> e o movimento feminista visa descolonizar os saberes artísticos e exclusivistas, além de propiciar visibilidade às temáticas das mulheres, especialmente em relação às múltiplas formas de violência de género. Assim, este artigo tem como principal objetivo perceber de que forma as ciberfeministas recorreram ao <em data-id="_italic-5">artivismo</em> feminista para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, em 2021, em Portugal. Recorrendo a análise de conteúdo, observamos as publicações do Instagram de 10 associações e coletivos feministas portugueses no dia 25 de novembro, separando os dados em intervenções online e offline, na constatação de que o ciberfeminismo articula fronteiras que interconectam esses espaços de forma permanente. Destacamos que o <em data-id="_italic-6">artivismo</em> opera no atual movimento feminista português como uma ferramenta estratégica e política para disseminação e propagação do ciberfeminismo.</p> Camila Lamartine, Carla Cerqueira Direitos de Autor (c) 2023 Camila Lamartine, Carla Cerqueira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4460 Tue, 30 May 2023 00:00:00 +0000 As Reconfigurações na Televisão Brasileira e as Novas Dinâmicas Comunicacionais: Um Estudo Sobre a Plataforma de Streaming Globoplay https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4438 <p>Este artigo tem como objetivo discutir aspetos relacionados ao contexto do declínio da televisão numa aproximação dos estudos televisivos latino-americanos com outras teorias a respeito da televisão. Neste estudo, focamos nossa discussão na Globoplay, plataforma de <em data-id="_italic-3">streaming</em> do Grupo Globo — o maior conglomerado mediático brasileiro. A nossa análise investiga o projeto de resgate de telenovelas antigas do Grupo Globo como estratégia mediática e mercadológica da plataforma de <em data-id="_italic-4">streaming</em>. A partir de uma discussão teórica, o estudo acredita que a televisão brasileira tem encontrado formas de garantir a sua existência por meio da plataformização. A partir da premissa de que o grande trunfo da televisão seja a sua função socializadora, este estudo questiona se a televisão está a perder esse aspeto em detrimento das novas culturas mediáticas. De facto, observamos que a TV social e a cultura participativa empregam elementos que agregam e reconfiguram essa atual fase da televisão, descrita como uma hipertelevisão por alguns autores, como Scolari (2009). Com isso em mente, estamos a assistir não ao declínio da televisão, mas à sua nova essência. Além de mobilizar o consumo, a volta das novelas antigas promove nas redes sociais a socialização da nostalgia coletiva gerada por essas produções. O presente artigo evidencia como a plataforma explora essa relação recíproca entre nostalgia e cultura da convergência para se consolidar no cenário do <em data-id="_italic-5">streaming</em> brasileiro. Diante desses apontamentos, acreditamos que a memória afetiva desempenha um impacto considerável nas estratégias empregadas pela plataforma, de modo a funcionar como um mecanismo rentável e eficaz para a sobrevivência da televisão brasileira.</p> Valdemir Santos Neto, Mário Abel Bressan Júnior Direitos de Autor (c) 2023 Valdemir Santos Neto, Mário Abel Bressan Júnior https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4438 Fri, 21 Apr 2023 00:00:00 +0000