Vista https://revistavista.pt/index.php/vista <p>A <em>Vista</em> (e-ISSN 2184-1284) é uma revista científica de cultura visual e artes digitais, tendo por diretor/a um membro integrado do <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a> (CECS) e como diretor/a-adjunto/a um membro do<a href="https://sopcom.pt/grupos-de-trabalho/cultura-visual/"> Grupo de Trabalho de Cultura Visual</a> da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom). Lançada em 2017, esta publicação de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica (revisão duplamente cega). É semestral (janeiro-junho e julho-dezembro), mas segue a modalidade de publicação contínua, tendo edição bilingue (em português e em inglês). A revista foi criada em 2015 pelo Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Sopcom e, no segundo semestre de 2020, passou a ser editada pelo CECS, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial integra reputados especialistas da cultura visual e artes digitais de diversos pontos do mundo. A <em>Vista</em> é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.</p> pt-PT <p>Os autores são titulares dos direitos de autor, concedendo à revista o direito de primeira publicação. O trabalho é licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> vista@ics.uminho.pt (Vista) vista@ics.uminho.pt (Vista) Mon, 31 Jul 2023 00:00:00 +0000 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 As 21 Características da Comunicação Publicitária do Século XXI: A Supremacia da Virtualidade e da Visualidade https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5202 <p>Com a evolução tecnológica, a comunicação online começou a fazer parte integrante do quotidiano das marcas e dos consumidores, preponderância que sofreu um acérrimo acréscimo com a pandemia. Inclusive em Portugal, apesar de apresentar valores mais analógicos, comparativamente com a média europeia. Presentemente, é difícil de delinear uma estratégia sem incluir a esfera virtual, dada a inevitabilidade da digitalização das mensagens. O mercado sofreu mutações e o internauta ganhou um protagonismo sem precedentes, como ativo, independente e empoderado produtor de conteúdos: o paradigma muda, com o surgimento do <em>prosumer</em>, que se afastou de uma vertente meramente recetora, passiva e contemplativa. Consequentemente, com a perda do monopólio comunicacional das insígnias, prevalece a troca de opiniões entre as comunidades virtuais, compostas por pares, em que se assiste à passagem da confiança das marcas, através da publicidade tradicional, para os próprios indivíduos. Subsistem circuitos de partilha informacional voluntária e informal, em que sobejam experiências personalizadas, tornando-se numa destacável, credível e orgânica fonte de influência.</p> <p>Por outro lado, encontramo-nos numa sociedade maioritariamente visual, importância galvanizada com o surgimento das redes sociais, repletas de estímulos estéticos. Valoriza-se, primordialmente, o conteúdo imagético, através de uma argumentação iconográfica, em detrimento de uma retórica das palavras, nomeadamente na publicidade. Esta prevalência da imagem ocorre devido ao seu maior potencial emocional, simbólico, recreativo e motivacional, o que acaba por se repercutir numa maior capacidade para influenciar os processos de consumo. Destacam-se, portanto, as práticas audiovisuais, particularmente o vídeo, por proporcionar, mais facilmente, a visibilidade e a partilha de uma mensagem. São várias as mudanças implícitas numa era volátil, as quais urge conhecer. Para o efeito, operacionalizámos uma revisão bibliográfica holística e contemporânea, etapa que permitiu identificar as 21 características principais da comunicação publicitária em vigência em pleno século XXI, evidenciando-se a virtualidade e a visualidade.</p> Cristina Santos Direitos de Autor (c) 2023 Cristina Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5202 Tue, 28 Nov 2023 00:00:00 +0000 Prosopopeia Como Orto-Doxia Estética e Retórica: Literariedade e Eficácia do Discurso da Publicidade https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5201 <p>O discurso publicitário é peculiar, tem as funções apelativas e persuasivas da linguagem e objetivos genéricos: chamar a atenção, suscitar interesse, provocar desejo e levar à ação de compra e consumo. Quer se apresente na forma verbal (texto) quer na forma não verbal (imagem), a linguagem da publicidade concilia duas vertentes fundamentais: a estética, porque é essencialmente literária, ficcional, poética, emotiva e sedutora; a retórica, porque é pragmática, eficaz e persuasiva. Estas vertentes devem-se ao recurso a frequentes e diversificadas figuras de retórica, em particular as que estabelecem analogias, pois implicam identidades e estabelecem comparações. É o caso da prosopopeia, figura de retórica frequente e eficaz em publicidade, por ser simples de estabelecer implicações e de as entender e por potenciar o discurso, tornando-o mais vivaz, atrativo, empático e identificando os produtos/marcas e os consumidores. Como a linguagem publicitária se torna estética e retórica com a prosopopeia? Como a prosopopeia estabelece o sentido e orienta o entendimento da significação das mensagens publicitárias? Através de uma abordagem teórico-conceptual, este artigo apresenta um estudo qualitativo centrado na aplicação da prosopopeia como recurso estilístico e retórico no discurso publicitário. Os objetivos são: (a) relacionar as duas vertentes mencionadas (a estética e a retórica) na atratividade das estratégias persuasivas em comunicação publicitária, e (b) justificar a prosopopeia como potência da <em>orto-doxia</em> do discurso literário da publicidade.</p> Paulo Barroso Direitos de Autor (c) 2023 Paulo Barroso https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5201 Fri, 10 Nov 2023 00:00:00 +0000 Visualização da Marca: Metamorfose da Publicidade, Estratégias Visuais e o Seu Significado Cultural https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4891 <p>O tema do presente trabalho de investigação é a relação complexa entre a publicidade e a cultura visual. Este estudo demonstra a influência significativa da cultura visual na publicidade e vice-versa, investigando a história, os fundamentos teóricos e as práticas modernas da publicidade. Também oferece interpretações importantes sobre a natureza variada da publicidade e do seu papel na influência da cultura visual atual, através de uma análise exaustiva de estudos de caso e da literatura académica. Abrangendo desde as raízes históricas até aos paradigmas contemporâneos, este artigo percorre a trajetória evolutiva da publicidade, elucidando a sua associação simbiótica com a cultura visual. A exploração engloba uma série de ferramentas visuais utilizadas pelos agentes publicitários — desde imagens, símbolos, estética e semiótica —, destacando a sua utilização estratégica para envolver as audiências e manipular as perceções culturais. A análise das questões morais da utilização da persuasão da comunicação visual na publicidade está no centro deste estudo. Esta investigação examina as ramificações éticas e os efeitos sociais da persuasão visual, fornecendo uma avaliação crítica da sua influência na formação da consciência coletiva. Utilizando uma vasta gama de trabalhos académicos e estudos de caso, este estudo lança luz sobre a paisagem em constante mudança da publicidade. Examina cuidadosamente os casos em que as campanhas publicitárias deixaram uma impressão duradoura na cultura visual, iluminando o impacto significativo que estes meios de comunicação têm na sociedade moderna. Essencialmente, esta obra desvenda a complexa relação entre a publicidade e a cultura visual, atuando como um depósito de informação e proporciona um conhecimento mais profundo da forma como a publicidade molda e é moldada pelo mundo visual dos nossos tempos, lançando as bases para a compreensão da sua complexa dinâmica.</p> Sushantika Chatterjee, Tasha Singh Parihar Direitos de Autor (c) 2023 Sushantika Chatterjee, Tasha Singh Parihar https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4891 Wed, 29 Nov 2023 00:00:00 +0000 Histórias da Vida e Vidas de História. Testemunho e Ficção na Fotografia a Propósito de um Projeto https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4671 <p>Neste ensaio apresento um trabalho da minha autoria, concebido e produzido em 2022, caracterizado por uma exposição fotográfica e por um livro: <em>Linhas com Cruzamentos de Destino</em> (<em>photobook</em>; Câmara Municipal de Palmela; Camilo, 2023). A seguir, proporei uma reflexão sobre como nele se cruzam dimensões incontornáveis em qualquer registo fotográfico: a da realidade histórica e a da representação, que é uma realidade simbólica, ficcional. Na última parte, discriminarei os aspetos dos contextos de produção e de receção que subjazem este projeto. Na reflexão apresentarei fotografias quer do projeto, quer da história da fotografia que considero relevantes. Do ponto de vista epistemológico, embora o ensaio incida na implementação de um projeto, nele se cruzam referências inscritas do domínio da história da fotografia, da antropologia visual e da semiótica.</p> Eduardo J. M. Camilo Direitos de Autor (c) 2023 Eduardo J. M. Camilo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4671 Thu, 16 Nov 2023 00:00:00 +0000 A Influência da Emoção no Jornalismo Humanitário: A Perspetiva dos Fotojornalistas Portugueses na Ucrânia https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4660 <p>Imersos num contexto de emergência social, o conceito de jornalismo humanitário (Bunce et al., 2019, 2022) reveste-se, na atualidade, de novos contornos que lhe conferem uma pertinência e vitalidade até agora negligenciadas. Neste artigo analisamos o seu significado, indagando a influência da emoção na construção da informação humanitária, o que fazemos através de um inquérito aplicado junto de um conjunto de 12 fotojornalistas portugueses, enviados à Ucrânia, nos primeiros meses do conflito, entre fevereiro e abril de 2022, e que, aquando do seu regresso, expuseram parte do seu trabalho na iniciativa <em data-id="_italic-2">Diakuyu</em><em data-id="_italic-3">—</em><em data-id="_italic-4"> Obrigado</em>, promovida pela Sociedade Portuguesa de Autores e pela associação cultural, CC11. A exposição foi aberta ao público a 20 de maio na Galeria Carlos Paredes, com a curadoria de Alexandre Almeida, a partir de uma seleção de fotografias de Adriano Miranda, André Luís Alves, Daniel Rodrigues, Eduardo Leal, João Porfírio, Miguel A. Lopes, Miguel Manso, Nuno Veiga, Paulo Nunes dos Santos, Rui Caria, Rui Duarte Silva e Tiago Miranda. Partindo da premissa que a emoção desempenha um papel controverso e labiríntico no jornalismo, o estudo reflete a complexidade em torno do lugar que deverá assumir a emoção no contexto da reportagem jornalística, bem como a admissibilidade do fotojornalista reconhecer o seu ponto de vista perante a realidade observada.</p> Catarina Melo, Felisbela Lopes Direitos de Autor (c) 2023 Catarina Melo, Felisbela Lopes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/4660 Mon, 31 Jul 2023 00:00:00 +0000