Vista https://revistavista.pt/index.php/vista <p>A <em>Vista</em> (e-ISSN 2184-1284) é uma revista científica de cultura visual e artes digitais, tendo por diretor/a um membro integrado do <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a> (CECS) e como diretor/a-adjunto/a um membro do<a href="https://sopcom.pt/grupos-de-trabalho/cultura-visual/"> Grupo de Trabalho de Cultura Visual</a> da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom). Lançada em 2017, esta publicação de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica (revisão duplamente cega). É semestral (janeiro-junho e julho-dezembro), mas segue a modalidade de publicação contínua, tendo edição bilingue (em português e em inglês). A revista foi criada em 2015 pelo Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Sopcom e, no segundo semestre de 2020, passou a ser editada pelo CECS, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial integra reputados especialistas da cultura visual e artes digitais de diversos pontos do mundo. A <em>Vista</em> é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.</p> pt-PT <p>Os autores são titulares dos direitos de autor, concedendo à revista o direito de primeira publicação. O trabalho é licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> vista@ics.uminho.pt (Vista) vista@ics.uminho.pt (Vista) Tue, 30 Jul 2024 11:25:07 +0000 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 De JODI a AIDOJ: "Disrupção" da Arte da Internet por Inteligência Artificial https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5840 <p>Este artigo tece reflexões em torno de idiossincrasias das ferramentas recentes de inteligência artificial (IA) disponíveis na internet com o objetivo de criar uma obra de arte para a internet chamada <em data-id="_italic-3">AIDOJ</em> (2023). Consideram-se os vieses decorrentes dos elementos intrínsecos destas ferramentas — os princípios estatísticos e a leitura de dados preexistentes — bem como o caráter massivo envolvido. Assim, estas ferramentas tenderiam a ser esteticamente conservadoras (Martín Prada, 2024) e a promoverem versões “medianas” de linguagem (Weatherby, 2023), reforçando o que é convencional e hegemônico. Daí, acreditando que o campo da arte é um espaço potente para refletir de forma crítica sobre implicações da tecnologia, em primeiro lugar, nos deparamos com o termo “disruptivo” — cujo sentido atual denota uma rebeldia contida e “vendável” —, desavisadamente definindo um dos percursos mais transgressores da história da arte da internet, o duo europeu JODI — composto por Joan Heemskerk e Dirk Paesmans; em seguida, instigamos um dos mais populares sistemas de IA para que gere <em data-id="_italic-4">outputs</em> criativos tão caóticos e subversivos quanto JODI. Neste processo, a reunião de uma centena de <em data-id="_italic-5">outputs</em> gerados — neste caso, páginas criadas em HTML — compõe um trabalho de arte para a internet. Então, a obra é realizada e enquanto resultado reflexivo, <em data-id="_italic-6">AIDOJ</em> traz questões acerca da criação artística com sistemas de IA, revelando criticamente a pusilanimidade estética destes sistemas.</p> Fábio Oliveira Nunes Direitos de Autor (c) 2024 Fábio Oliveira Nunes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5840 Tue, 22 Oct 2024 00:00:00 +0000 Nota de Abertura: Reparar (n)o Irreparável https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5813 Ana Cristina Pereira, Gessica Correia Borges, Marta Lança Direitos de Autor (c) 2024 Ana Cristina Pereira, Gessica Correia Borges, Marta Lança https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5813 Thu, 27 Jun 2024 00:00:00 +0000 Reparar a Comunicação. Despatriarcalizar, Descolonizar e Ecologizar a Cultura Mediática https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5597 <p style="font-weight: 400;">Recensão de <em data-id="_italic-2">Comunicación Radical. Despatriarcalizar, Decolonizar y Ecologizar la Cultura Mediática</em> (2022).</p> Rosa Cabecinhas Direitos de Autor (c) 2024 Rosa Cabecinhas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5597 Mon, 17 Jun 2024 00:00:00 +0000 São Muitas as Possibilidades e Impossibilidades que Habitam Esse Mundo: Uma Reflexão Sobre o Tempo Espiralar e a "35.ª Bienal de São Paulo” https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5530 <p>A compreensão epistemológica do tempo espiralar, desenvolvida pela pensadora brasileira Leda Maria Martins (2021), oferece uma perspectiva restitutiva da experiência do tempo em sua forma espiralada e serve como inspiração para a concepção da “35.ª Bienal de São Paulo”, intitulada <em data-id="_italic-2">Coreografias do Impossível</em>. Esta epistemologia, enraizada em práticas, poéticas e pensamentos Negros, traz movimentos desobedientes capazes de criar formas de se soltar das categorias estabelecidas pela matriz hegemônica colonial e de cruzar diferentes estratégias de sobrevivências, ritmos e ruptura. O interesse curatorial e educativo das <em data-id="_italic-3">Coreografias do Impossível</em> em elaborar uma Bienal pensada a partir do tempo que espirala abre espaço para reflexões profundas sobre como propostas curatoriais podem se envolver em tentativas de gestos reparadores, ao mesmo tempo que se encontram cercadas de impossibilidades institucionais. Considerando que as instituições coloniais estão intrinsecamente ligadas a estruturas de poder, privilégio e lógicas de mercado, as tensões e contradições deste contexto informam as impossibilidades de descolonização das instituições. Diante dessas questões, esta escrita procura fazer uma leitura sobre as <em data-id="_italic-4">Coreografias do Impossível</em>, refletindo sobre o trabalho curatorial e educativo da “35.ª Bienal de São Paulo” em articulação com a concepção do “tempo espiralar", ao mesmo tempo que oferece uma análise crítica das tensões e contradições nas tentativas de descolonização do museu.</p> Marcela Pedersen Direitos de Autor (c) 2024 Marcela Pedersen https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5530 Mon, 27 May 2024 00:00:00 +0000 (Re)parar as Violências Coloniais Contra as Mulheres: Revisitar Mulheres Sempre Presentes https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5528 <p>Este ensaio retoma o projeto <em data-id="_italic-5">Mulheres Sempre Presentes</em>, realizado para a exposição “O Impulso Fotográfico. (Des)arrumar o Arquivo Colonial”. A proposta ressignifica fotografias analógicas de antropologia física colonial portuguesa através de procedimentos de descontextualização e recontextualização, tentando interromper a reprodução de estereótipos negativos sobre as mulheres negras fotografadas, os quais abundam no arquivo das missões de antropologia colonial de onde os retratos foram selecionados. A escolha de retratos de mulheres pretende homenagear a sua presença nas longas lutas levadas a cabo pelas populações negras em diversos momentos da história e afirmar o seu papel de agentes do processo histórico, em sociedades patriarcais, tanto europeias como africanas tradicionais, que tendem a relegá-las para segundo plano. O ensaio conjuga, ainda, diferentes vozes e reflexões das suas autoras, sob influência do texto de Spivak (1988/2021) <em data-id="_italic-6">Pode a </em><em data-id="_italic-7">Subalterna Tomar </em><em data-id="_italic-8">a </em><em data-id="_italic-9">Palavra</em><em data-id="_italic-10">?</em>, que aborda as condições de fala e de escuta das mulheres e interroga a sua condição de subalternidade.</p> Teresa Mendes Flores, Soraya Vasconcelos, Catarina Mateus, Carmen Loureiro Rosa Direitos de Autor (c) 2024 Teresa Mendes Flores, Soraya Vasconcelos, Catarina Mateus, Carmen Loureiro Rosa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistavista.pt/index.php/vista/article/view/5528 Tue, 04 Jun 2024 00:00:00 +0000