O “paraíso tropical distópico” em Rio 50 Degrees – Carry on Carioca
DOI:
https://doi.org/10.21814/vista.3041Palavras-chave:
Marca Rio, imaginários, distopia, documentário, televisãoResumo
Este artigo visa compreender os imaginários sobre o Rio de Janeiro em seu “momento olímpico” por meio de uma análise crítica dos primeiros 14min do documentário Rio 50 Degrees – Carry on Carioca, dirigido por Julien Temple para o programa Imagine, da rede britânica BBC. Com a primeira data de exibição em maio de 2014 e última em setembro de 2016, o documentário televisivo, que possui 1h45min de duração, utiliza especialmente imagens de arquivo e música brasileira como fios condutores da narrativa para construir sentidos sobre um “paraíso tropical distópico” de “altos emocionantes e baixos aterrorizantes”. Desta forma, problematiza o ideal almejado pela marca “cidade oficial” por meio da exploração das ideias de “cidade partida”, da violência e do abismo social presentes no cotidiano dos cidadãos. Além disso, atribui outros sentidos às imagens de arquivo, documentais ou ficcionais, em um movimento de reconfiguração do presente por meio do questionamento e de reconstrução de memórias que permanecem sólidas nos imaginários até os dias presentes.
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