Is there, for the black person, only one destiny? A psychoanalytical approach
DOI:
https://doi.org/10.21814/vista.3056Palavras-chave:
Negritude, racismo, psicanálise, imagem, constituição subjetivaResumo
Este artigo pretende refletir sobre como o racismo interfere na construção da imagem da pessoa negra no processo de constituição subjetiva, em sua articulação com o discurso do Outro, como concebido por Jacques Lacan, a saber, como inconsciente, e suas manifestações no nível cultural e no nível do laço social. Para tanto, faremos referência às elaborações teóricas de Neusa Santos Souza, Frantz Fanon e Grada Kilomba, autores que empreenderam, cada um em seu tempo e suas respectivas leituras e contextos sociais, reflexões poderosas sobre o racismo, do ponto de vista da psicanálise. Por meio da concepção de linguagem proposta por Lacan e do conceito de negritude em Munanga, indicamos como a questão se atualiza hoje no Brasil. Para concluir, entendendo que há sofrimento psíquico gerado por esse modo de segregação, sugerimos alternativas e formas que articulam o empoderamento do sujeito que atravessa e é, ao mesmo tempo, atravessado pelo coletivo.
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