Movimentos do Streaming e Identidade Cultural na Nova Ordem dos Remakes Transnacionais
DOI:
https://doi.org/10.21814/vista.4420Palavras-chave:
adaptação, streaming, remakes transnacionais, ficção televisiva seriada, identidade culturalResumo
O advento das plataformas de streaming instaurou novas demandas e paradigmas, gerando uma necessária reconfiguração dos processos de criação e produção dos conteúdos e formatos televisivos. Categoria recorrente da televisão tradicional, o remake transnacional passa a se manifestar com outros contornos, submetido a uma nova ordem de práticas e significados. Da exibição local à global, o que se ganha e o que se perde na tradução? A partir da proposta de uma sistematização das estratégias empregadas pela indústria do streaming na realização e exibição de remakes transnacionais, o presente artigo organiza um percurso apoiado na análise de algumas franquias transnacionais de ficção seriada da era do broadcasting (The Office [O Escritório] e Bron/Broen [A Ponte]) e do streaming (Dix Pour Cent [Dez por Cento] e La Casa de Papel [A Casa de Papel]), reconhecendo o papel de liderança da Netflix no setor. Estruturada cronologicamente em "movimentos", tal sistematização se inspira na analogia criada por Erwin Panofsky (1978) entre o filme e a catedral medieval e caminha em paralelo à timeline histórica dos modelos de negócios da Netflix, conforme convencionada por Laura Osur (2016). Espera-se que as conclusões obtidas ofereçam subsídios pertinentes para o debate sobre remakes transnacionais na televisão, destacando sua contribuição para os processos de afirmação cultural e construção identitária das realidades que representam.
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