Roupas Reconfiguráveis: Desvendando as Possibilidades das Roupas Adaptáveis e Multifuncionais
DOI:
https://doi.org/10.21814/vista.6273Palavras-chave:
roupas reconfiguráveis, moda sustentável, modularidade, personalização, roupas transformáveisResumo
Este estudo investiga um grupo de roupas projetadas para serem modificadas e adaptadas pelo usuário, denominadas “reconfiguráveis”. A pesquisa, de natureza bibliográfica, identificou e analisou as características de diferentes tipos de roupas reconfiguráveis (reversíveis, modulares, transformáveis e tecnológicas), estabelecendo comparações com os conceitos de “modularidade” elencados por Pine (1992/1994), e com a exposição de exemplos de estilistas e marcas que utilizaram esta abordagem, seja como uma abordagem permanente ou como peças avulsas. Hussein Chalayan, Arket, Osklen, Adidas, Cukovy e Cointel são alguns exemplos de marcas e estilistas. Os resultados indicam que a reconfiguração, além de permitir a criação de peças versáteis e personalizadas, contribui para a construção de um guarda-roupa mais duradouro e, portanto, mais sustentável. Ou seja, esta abordagem permite que a roupa seja mais valorizada pelo usuário. A interação do usuário com as peças é fundamental para a sua transformação, o que promove uma relação mais próxima entre a pessoa e suas roupas, fortalecendo esse vínculo. A análise do termo "reconfiguração" revela sua importância para designar um processo de mudança e adaptação. O objetivo deste estudo é conceituar e classificar os tipos de roupas reconfiguráveis, de modo a justificar a denominação proposta. Ademais, revela sua importância para a moda circular e adaptável. O prefixo "re-" sugere a ideia de renovação e circularidade, estando intrinsecamente ligado às quatro práticas necessárias da moda sustentável: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar.
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