Nota de Abertura: Reparar (n)o Irreparável

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https://doi.org/10.21814/vista.5813

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Biografias Autor

Ana Cristina Pereira, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Ana Cristina Pereira (Kitty Furtado) é crítica cultural empenhada na diluição de fronteiras entre academia e esfera pública. Tem curado mostras de cinema (pós)colonial e promovido a discussão pública em torno da memória, do racismo e das reparações. Doutora em Estudos Culturais, pela Universidade do Minho e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, onde coordena a linha de investigação ativismos migrantes do projeto MigraMediaActs (2022–2025) e se prepara para dar início ao projeto individual The Black Gaze (2023.08077.CEECIND). Faz parte da equipa curatorial da representação de Portugal na “Bienal de Veneza 2024”, no âmbito da qual curou o programa Biomes, e coordenou o Grupo de Trabalho de Cultura Visual da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação entre 2019 e 2024. Entre outros textos e edições de números especiais publicou, com Rosa Cabecinhas, o livro Abrir os Gomos do Tempo: Conversas Sobre Cinema em Moçambique (2022).

Gessica Correia Borges, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Gessica Correia Borges (São Paulo, Brasil) é comunicadora social licenciada pela Universidade Anhembi Morumbi (Brasil), mestre em Estudos Africanos pela Universidade do Porto (Portugal), com pesquisa sobre memória, identidade e resistência através de história oral de mulheres negras brasileiras. É doutoranda em Estudos Culturais pela Universidade do Minho (Portugal) com bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (referência 2023.01522.BD) e integra como investigadora a equipa do projeto MigraMediaActs – Migrações, Media e Ativismos em Língua Portuguesa: Descolonizar Paisagens Mediáticas e Imaginar Futuros Alternativos (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade). Suas pesquisas focam-se habitualmente em temáticas como os ativismos decoloniais, história oral e mulheres negras. É escritora e poeta de coração, com textos publicados em antologias brasileiras, incluindo Poetas Negras Brasileiras (Editora de Cultura, 2021). Faz parte de coletivos e associações antirracistas portugueses como a União Negra das Artes.

Marta Lança, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, Lisboa, Portugal

Marta Lança (Lisboa, 1976) é formada em Literatura e Estudos Portugueses, é doutoranda em Estudos Artísticos na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa. Colaborou com publicações culturais portuguesas e angolanas. Criou as revistas V_ludo, Dá Fala (em Cabo Verde) e o portal BUALA (http://www.buala.org/pt), sobre questões pós-coloniais, que edita desde 2010. Viveu no Rio de Janeiro e em São Paulo, em Luanda (lecionou na Universidade Agostinho Neto e colaborou com a I Trienal de Luanda), em Maputo (festival de documentário "Dockanema"), e tem produzido muitos projetos culturais nos países africanos de língua portuguesa. Como programadora organizou: "Roça Língua" (São Tomé e Príncipe, 2011 e 2022); o ciclo "Paisagens Efémeras" (Lisboa, 2015); "Expats" (2015); "Vozes do Sul" (Festival do Silêncio, 2017); projeto NAU com o Teatro Experimental do Porto (2018); "Para Nós, Por Nós: Produção Cultural Africana e Afrodiaspórica em Debate" (2018) e “sou esparsa, e a liquidez maciça”: Gestos de Liberdade (maat, 2020). Traduziu de francês para português os autores Asger Yorn, Achille Mbembe e Felwine Saar. Alguns artigos seus podem ser lidos em https://www.buala.org/pt/autor/marta-lanca.

Referências

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Publicado

2024-06-27

Como Citar

Pereira, A. C., Correia Borges, G., & Lança, M. (2024). Nota de Abertura: Reparar (n)o Irreparável. Vista, (13), e024010. https://doi.org/10.21814/vista.5813

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Secção Temática. Nota Introdutória