Repensar a Media Art na Era da Computação Pervasiva

Autores

  • Rosemary Lee Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade, Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, Porto, Portugal/Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0002-3874-2785
  • Miguel Carvalhais Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade, Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4880-2542

DOI:

https://doi.org/10.21814/vista.5903

Palavras-chave:

media art, estética computacional, novos média, arte contemporânea, história da arte

Resumo

À medida que a sua estética, os seus métodos e o seu foco conceptual se fundiram em diversos aspetos com os da arte contemporânea convencional, os limites da media art tornaram-se menos claros do que quando a utilização da tecnologia na arte era ainda pouco frequente. Embora o termo "media art" possa ser útil na designação de uma esfera de atuação ou discurso específica, o seu atual significado sofreu uma alteração decorrente da evolução das circunstâncias inerentes à utilização da tecnologia na criação de arte. Devido à sua íntima associação, desde os seus primórdios enquanto campo, com os "novos média", como o computador, a internet, os meios de comunicação à base de ecrãs e sistemas interativos, este termo requer agora uma reavaliação face ao panorama de computação pervasiva com o qual estamos familiarizados na condição pós-digital. Sendo que muitas destas formas definidoras dos novos média deixaram de ser novidade e foram integradas em práticas artísticas convencionais, a media art poderá não se definir tanto pela sua interação com meios de comunicação específicos, mas sim pelos aspetos estilísticos e referenciais provenientes da sua linhagem histórica. Este trabalho estabelece comparações entre os primeiros debates acerca da media art e desenvolvimentos recentes na área, com o propósito de compreender se, e de que forma, a media art continua a ser relevante enquanto termo referente a práticas artísticas contemporâneas que utilizam a tecnologia. Considerando-a de tal perspetiva, esta investigação propõe repensar que aspetos poderão ser considerados inerentes a esta área e questiona a forma como esta reestruturação poderá beneficiar os profissionais e teóricos que abordam este tópico.

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Biografias Autor

Rosemary Lee, Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade, Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, Porto, Portugal/Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, Portugal

Rosemary Lee é uma artista e investigadora cujo trabalho examina a forma como o atual discurso sobre a tecnologia tem como base tendências de um passado distante. Lee concluiu o seu doutoramento na IT-Universidade de Copenhaga, onde conduziu uma investigação baseada na prática sobre a ligação dos sistemas de aprendizagem automática generativa à história das tecnologias de imagem. O seu livro Algorithm, Image, Art (Algoritmo, Imagem, Arte) e outros projetos artísticos como A Structural Plan for Imitation aprofundam a sua pesquisa. Rosemary Lee dá aulas no programa de Multimédia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Miguel Carvalhais, Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade, Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, Porto, Portugal

Miguel Carvalhais é professor catedrático de Design na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. A sua investigação explora arte computacional, design e estéticas, temas aos quais dedicou dois livros: Art and Computation (Arte e Computação; 2022) e Artificial Aesthetics (Estética Artificial; 2016). A sua prática artística abrange música computacional, arte sonora, atuações ao vivo e instalações sonoras. Dirige a Crónica, editora de música experimental e arte sonora, e a conferência xCoAx (sobre computação, comunicação, estética e x).

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Publicado

2024-11-13

Como Citar

Lee, R., & Carvalhais, M. (2024). Repensar a Media Art na Era da Computação Pervasiva. Vista, (14), e024013. https://doi.org/10.21814/vista.5903

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