Televisualidade e a realidade dos média
DOI:
https://doi.org/10.21814/vista.2971Palavras-chave:
Cultura Visual, Globalização, Imagens, Média, TelevisualidadeResumo
A viragem para o século XXI consolida a construção de uma televisualidade, trazida pela naturalização da presença dos meios de comunicação de massas no nosso quotidiano. A fronteira entre o que se pode ver, registar e partilhar no plano público da visualidade é tão ténue quanto controversa, apesar de convocar o cidadão comum para contribuir ativamente para o fluxo de mensagens e imagens que alimentam a rede global e fazem circular uma realidade extra-ecrã, sujeita a um conjunto de filtros e discursos, com acesso e difusão em tempo real. Quando se assiste ao emergir, no seio da ficção, de géneros reality, que operam uma comutação de códigos dirigidos ao consumo e ao espetáculo que caraterizam a hiperrealidade em que vivemos, rapidamente o voyeurismo e a violência passam a integrar os padrões de sociabilidade atuais, pautados pelo imediatismo e superficialidade preconizados pelos média. Estes regimes escópicos produzem no espetador uma relação dual com as imagens, que volatiza o seu papel e autoridade no plano da representação e da vida.
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