O Vídeo Como Tecnologia e Meio de Expressão Artística

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/vista.4057

Palavras-chave:

vídeo, televisão, vídeo arte, arte contemporânea

Resumo

O presente trabalho procura refletir sobre o surgimento da tecnologia do vídeo e a sua utilização como meio de expressão artística. Concentrando-nos, sobretudo, no período entre a década de 1960 e a de 1990, analisamos a relação da televisão e outras instituições com a esfera artística cultural e o seu papel no desenvolvimento de práticas artísticas através do vídeo. Com efeito, estabelecemos exemplos internacionais e exemplos portugueses para uma análise plural e diversa. Por conseguinte, este trabalho elabora algumas das teorias, ideias principais e análises relativas ao papel do vídeo e da televisão na sociedade do final do século XX. Confere-se especial atenção a alguns traços ideológicos e filosóficos transversais às diversas práticas artísticas, autores e agentes da esfera cultural contemporânea para refletir sobre alguns elementos estéticos que constituem as obras deste período. A partir de uma seleção de obras e artistas, este estudo procura explorar a dimensão social do vídeo, que muitas vezes funcionou como meio democrático, instrumento de contestação social e política e meio para a reflexão pessoal do artista. Desta forma, articula-se uma abordagem à presença e representação do corpo nas obras de vídeo e outros elementos técnicos e estéticos para compreender dimensões teóricas envoltas na produção imagética deste meio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Mauro Gonçalves, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, Portugal

Mauro Gonçalves (nascido em 1997) é mestre em história da arte, património e cultura visual (2021) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Realizou um estágio na Fundação de Serralves durante o qual desenvolveu a investigação patente no relatório O Vídeo nas Práticas Artísticas Contemporâneas — Um Estudo a Partir da Coleção da Fundação de Serralves e do Museu de Arte Contemporânea. Na mesma instituição concluiu a especialização em cinema e cultura visual (2019) e ainda é licenciado em artes visuais e tecnologias artísticas (2018) pela Escola Superior de Educação. Em 2022, ingressou no 3º ciclo (doutoramento) em estudos do património, onde pretende continuar investigação relativa à imagem em movimento e os meios tecnológicos.

Referências

António, J. (2014). Melo e Castro: Poesia, experimentalismos e tecnologia. In R. Torres (Ed.), Poesia experimental portuguesa: Contextos, ensaios, entrevistas, metolodogias (pp. 157-162). Universidade Fernando Pessoa.

Bensinger, C. (1981). The video guide. Video-info Publications.

Caio, H. (Coord.). (1982, 7 de março). Televisão 25 Anos – V episódio [Episódio de programa de televisão]. In Televisão 25 anos. RTP. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/televisao-25-anos-v-episodio/

Chiu, M., & Yun, M. (2014). Nam June Paik - Becoming robot. Asia Society Museum; Yale University Press

Chymefti Bozini. (2012, 4 de novembro). Joan Jonas - Leftside rightside [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=9UaRe6q7M4k&ab_channel=ChymeftiBozini

Cunha, P. (2015). O novo cinema português — Políticas públicas e modos de produção (1949-1980) [Tese de doutoramento, Universidade de Coimbra]. Estudo Geral. http://hdl.handle.net/10316/27043

Dias, S. (2016). O corpo como texto: Poesia, performance e experimentalismo nos anos 80 em Portugal [Tese de doutoramento, Universidade de Coimbra]. Estudo Geral. http://hdl.handle.net/10316/29608

Electronic Arts Intermix. (s.d.). Gerry schum: TV Gallery. https://www.eai.org/public-programs/214

Esquizofrenia das Artes. (2021, 5 de abril). Helena Almeida - Ouve-me | 2006 [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=XrDXHZa-LaE&ab_channel=EsquizofreniadasArtes

Everything has its first time. (2017, 18 de outubro). Martha Rosler - Semiotics of the Kitchen 1975 [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=ZuZympOIGC0&t=1s&ab

Ferrão, R. (Apresentador). (1974, 13 de setembro). Sabe onde fazemos televisão?… I [Episódio de programa de televisão]. In Sabe onde fazemos televisão?... RTP. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/sabe-onde-fazemos-televisao-i/

Gigliotti, D. (2003). A brief history of RainDance. Radical Software. https://www.radicalsoftware.org/e/history.html

Hatherly, A., & Melo e Castro, E. M. de. (1981). PO.EX: Textos teóricos e documentos da poesia experimental portuguesa. Moraes Editores. https://po-ex.net/taxonomia/transtextualidades/metatextualidades-alografas/ana-hatherly-obrigatorio-nao-ver-resumo/#pll_switcher

Huffman K. (1990). Video art: What’s tv got to do with it? In D. Hall & S. Fifer (Eds.), lluminating video: An essential guide to video art (pp. 81–100). Aperture e Bay Area Video Coalition.

Krauss, R. (1976). Video: The aesthetics of narcissism. MIT press. DOI: https://doi.org/10.2307/778507

London, B. (1979). Video from Tokyo to Fukui and Kyoto. Museum of Modern Art.

McLuhan, M. (2006). The medium is the massage: An inventory of effects. Ginko Press.

Meigh-Andrews, C. (2014). A history of video art. Bloomsbury.

Melo e Castro, E. M. de. (1968). Roda Lume [Vídeo]. https://po-ex.net/taxonomia/materialidades/videograficas/e-m-de-melo-castro-roda-lume/

Nmungwun, A. (1989). Video recording technology: Its impact on media and home entertainmen. Routledge; Taylor&Francis.

Pretesin-Bachelez, N., & Zapperi, G. (Eds.). (2019). Defiant muses - Delphine seyrig and the feminist video collectives in France in the 1970s and 1980s. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia.

Rádio Televisão Portuguesa. (1969, 11 de janeiro). 50 anos da morte de Amadeo de Souza Cardoso [Vídeo]. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/50-anos-da-morte-de-amadeo-de-souza-cardoso-2/

Rádio Televisão Portuguesa. (1973, 8 de junho). Meios técnicos da RTP [Vídeo]. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/meios-tecnicos-da-rtp/

Rancière, J. (2014). O espectador emancipado. ed. WMF Martins Fontes.

Roussopoulos, C., & Seyrig, D. (1976). S.C.U.M. manifesto 1967 [Video]. https://base.centre-simone-de-beauvoir.com/DIAZ-S.C.U.M.-Manifesto-1967-510-150-0-1.html?ref=f8a58d41f6a9c1596e2df4d93a56c448

Rush, M. (2007). Video art. Thames & Hudson.

starflyer2012. (2010, 1 de setembro). Nam June Paik - Global Groove, 1973 [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=7UXwhIQsYXY&t=10s&ab_channel=starflyer2012

Sturken, M. (1990). Paradox in the evolution of an art form: Great expectations and the making of a history. In D. Hall & S. Fifer. (Eds.), lluminating video: An essential guide to video art (pp. 101). Aperture e Bay Area Video Coalition.

Sturken, M. (1999). Olhando para trás. Arte do vídeo nos anos sessenta e setenta. In CIRCA 1968. Fundação Serralves.

The Museum of Modern Art. (2020, 2 de julho). Introducing virtual views: Video lives [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=6qAx28A9q1E&t=67s

Youngblood, G. (1970). Expanded cinema. P. Dutton & Co.

Publicado

2022-07-20

Como Citar

Gonçalves, M. (2022). O Vídeo Como Tecnologia e Meio de Expressão Artística. Vista, (10), e022010. https://doi.org/10.21814/vista.4057

Edição

Secção

Varia. Artigos