“Uma História que se pode tocar”: apropriações artísticas da Guerra Colonial a partir de Sandro Ferreira
DOI:
https://doi.org/10.21814/vista.3000Palavras-chave:
guerra, memória, arquivoResumo
Pretende-se atentar às práticas artísticas contemporâneas que versam sobre a Guerra Colonial Portuguesa, tomando como caso de estudo um conjunto de obras do artista Sandro Ferreira (1975). Ferreira faz parte da segunda geração da Guerra Colonial: a dos filhos da Guerra, aquela que não a viveu diretamente e que Marianne Hirsch designou de “geração da pós-memória” (2012). Na demanda que urge, para recordar este episódio da nossa História coletiva e de compreender uma história que, com frequência, coabita, silenciosa, nas nossas casas, Sandro Ferreira resgata e expõe pequenas memórias, colecionando e apropriando-se, na sua prática criativa, de memorabilia de Guerra e, sobretudo, de arquivos privados como cartas ou fotografias pessoais. Deste modo, pretende-se, a partir do trabalho criativo de Sandro Ferreira, indagar sobre o modo como as artes visuais se podem tornar, contemporaneamente, ferramentas contra o silêncio ou o esquecimento.
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