A Influência da Emoção no Jornalismo Humanitário: A Perspetiva dos Fotojornalistas Portugueses na Ucrânia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/vista.4660

Palavras-chave:

emoção, fotografia, fotojornalismo, jornalismo humanitário, Ucrânia

Resumo

Imersos num contexto de emergência social, o conceito de jornalismo humanitário (Bunce et al., 2019, 2022) reveste-se, na atualidade, de novos contornos que lhe conferem uma pertinência e vitalidade até agora negligenciadas. Neste artigo analisamos o seu significado, indagando a influência da emoção na construção da informação humanitária, o que fazemos através de um inquérito aplicado junto de um conjunto de 12 fotojornalistas portugueses, enviados à Ucrânia, nos primeiros meses do conflito, entre fevereiro e abril de 2022, e que, aquando do seu regresso, expuseram parte do seu trabalho na iniciativa Diakuyu Obrigado, promovida pela Sociedade Portuguesa de Autores e pela associação cultural, CC11. A exposição foi aberta ao público a 20 de maio na Galeria Carlos Paredes, com a curadoria de Alexandre Almeida, a partir de uma seleção de fotografias de Adriano Miranda, André Luís Alves, Daniel Rodrigues, Eduardo Leal, João Porfírio, Miguel A. Lopes, Miguel Manso, Nuno Veiga, Paulo Nunes dos Santos, Rui Caria, Rui Duarte Silva e Tiago Miranda. Partindo da premissa que a emoção desempenha um papel controverso e labiríntico no jornalismo, o estudo reflete a complexidade em torno do lugar que deverá assumir a emoção no contexto da reportagem jornalística, bem como a admissibilidade do fotojornalista reconhecer o seu ponto de vista perante a realidade observada.

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Biografias Autor

Catarina Melo, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Catarina Melo é gestora de comunicação na Fundação Fernando Pessoa, doutoranda em ciências da comunicação no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e investigadora convidada no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. É licenciada e mestre em ciências da comunicação, especialidade em informação e jornalismo, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto.

Felisbela Lopes, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Felisbela Lopes é professora da Universidade do Minho, onde é diretora do doutoramento e do Departamento de Ciências de Comunicação. Na universidade, foi também Pró-Reitora para a Área da Comunicação. Em 2003, foi coordenadora do Livro Branco do Serviço Público de Média e, em 2021, integrou uma equipa de especialistas responsável pelos planos de desconfinamento do país, durante a pandemia da COVID-19. É especialista e investigadora coordenadora no campo da informação televisiva, da comunicação/jornalismo da saúde e das fontes de informação. É autora de mais de uma centena de artigos científicos e livros, incluindo A COVID-19 em Portugal: A Estratégia (UMinho Editora, 2022); Marcelo, Presidente Todos os Dias (Porto Editora, 2019); Jornalista: Uma Profissão Ameaçada (Alêtheia, 2015); Vinte Anos de TV Privada em Portugal (Editora Guerra e Paz, 2012); A TV do Real (Minerva, 2008); A TV das Elites (Campo das Letras, 2007); Telejornal e o Serviço Público (Minerva, 1999).

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Publicado

2023-07-31

Como Citar

Melo, C., & Lopes, F. (2023). A Influência da Emoção no Jornalismo Humanitário: A Perspetiva dos Fotojornalistas Portugueses na Ucrânia. Vista, (12), e023009. https://doi.org/10.21814/vista.4660